segunda-feira, 13 de junho de 2011

um pouco de brasileirão, um pouco de seleção...

A rodada do fim-de-semana consolidou o São Paulo e seus 100% de aproveitamento na liderança do Brasileirão. O time de Lucas Silva, Dagoberto e Casemiro fez uma nova vítima: o Grêmio. O esquema de Renato, com quatro laterais, não funcionou, e o tricolor gaúcho escapou de tomar uma goleada.

Alguns técnicos começam a balançar: Cuca, Renê Simões e Mancini já têm suas estabilidades ameaçadas, mesmo que o certame ainda esteja na fase incipiente. Típico...

Depois de encerrada a rodada, fui assistir às mesas redondas pela tevê. Quase sem assunto, os apresentadores tentaram em vão extrair dos comentaristas opiniões mais aprofundadas, mas sempre esbarravam no temor de quem lança um prognóstico e o vê afundar logo adiante nas profundezas deste campeonato equilibrado e cheio de variantes. Exemplo: quem é o destaque até aqui? Resposta: olhar vazio e cabeça balançando negativamente.

Enquanto os debates empobreciam em decorrência da escassez absoluta de assuntos, resolvi dar mais uma olhada na lista de Mano Menezes para a Copa América. Com o intuito de achar mais problemas do que os óbvios, me espantei com a possibilidade que um técnico de seleção brasileira tem de convocar quem ele quiser (eu convocaria uns 6 atacantes), e o faz de forma convencional e pouco ousada (padrão Dunga, diga-se).

Pra começar, lembremos que nos últimos amistosos Mano escalou a seleção no esquema 4-3-3 - afinal, ele “precisa” acomodar no mesmo time Robinho e Neymar, mesmo que o primeiro não apresente nada de convincente há muito anos. Tudo bem, pois trata-se de um esquema decantado por muitos e que já foi utilizado pelo próprio Mano em sua passagem pelo Corínthians, com Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho compondo o ataque.

Mesmo com a equipe tendo assinalado apenas 1 gol nos dois amistosos, contra Holanda e Romênia, parto do princípio de que este será o esquema a ser implantado para a disputa da Copa América. Portanto, a seleção terá 3 no meio de campo, setor para o qual foram convocados 8 jogadores. Terá, obviamente, 3 avantes titulares, para onde Mano convocou apenas 4 jogadores, sendo que um deles, Alexandre Pato, encontra-se em recuperação de uma lesão. Ou seja, cuidados demasiados com a meia-cancha e negligência pura com a linha ofensiva, violando a preferência nacional de se atacar com qualidade.

Quando precisar atacar mais, o que acontece com relativa frequência, Mano Menezes olhará para o banco de suplentes e verá a seu dispor apenas um, provavelmente Fred - que, coincidentemente, tem o mesmo empresário que o técnico da Seleção. É pouco!
cortesia: www.manomenezes.com.br

Tudo passa pela safra de jogadores, que, de tão fraca, faz com que Elias seja uma opção (na cabeça de Mano) em nível de seleção brasileira. Sim, Elias, entre outros, está na lista de convocados por motivos que extrapolam nossa boa vontade para com o treinador, seja ele quem for.

Boa sorte, MM.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

quando os méritos extrapolam as 4 linhas

A conquista do Vasco passa, em grande parte, pela gestão profissionalizada de seu departamento de futebol.  Quem atua nessa área é Rodrigo Caetano (foto), um gerente remunerado que se dedica ao clube sem misturar paixão clubística com trabalho – um dos muitos males do futebol brasileiro.

O clube vai bem quando está organizado e é bem gerido, e o reflexo maior disso é a conquista de um título de expressão nacional, como a Copa do Brasil, vencida pelos vascaínos em um jogo trepidante contra o ótimo time do Coritiba.









A campanha do Campeão:

23/02/11 - Comercial MS 1x6 Vasco
30/03/11 - ABC 0x0 Vasco
06/04/11 - Vasco 2x1 ABC
13/04/11 - Náutico 0x3 Vasco
27/04/11 - Vasco 0x0 Náutico
04/05/11 - Atlético PR 2x2 Vasco
12/05/11 - Vasco 1x1 Atlético PR
18/05/11 - Vasco 1x1 Avaí
25/05/11 - Avaí 0x2 Vasco
01/06/11 - Vasco 1x0 Coritiba
08/06/11 - Coritiba 3x2 Vasco

quarta-feira, 8 de junho de 2011

rumo à Copa América 2011

A plateia argentina terá em seus gramados uma seleção brasileira cercada de dúvidas quanto a sua capacidade de derrotar grandes adversários. O trabalho de Mano Menezes à frente da esquadra canarinho está sendo contestado veementemente em todos os setores da comunidade boleira. O time não joga bem e a convocação para a Copa América da Argentina é bastante controversa.

Ao convocar Paulo H. Ganso e Alexandre Pato, jogadores que estão lesionados, o técnico dá a entender que não há soluções que lhe permitam montar uma equipe competitiva apenas com sua capacidade de compor um esquema tático convincente e exequível para os jogadores que, hoje, estão a sua disposição.

O princípio da renovação parece ter sido posto num segundo plano em nome do bom resultado imediato. E isso traz de volta a lembrança da passagem de Dunga pela Seleção. A propósito, a semelhança com o capitão do tetra não para por aí; a entrevista de Mano após a partida mostrou um homem áspero e magoado com o comportamento do torcedor, que vaiou sua equipe tanto em Goiânia quanto em São Paulo. Momento de instabilidade de quem sempre preservou a calma e o diálogo com a imprensa.

O que esperar dessa Seleção?

Abaixo, a convocação dos 22 que jogarão a Copa América:


GoleirosJulio César (Inter de Milão)
Victor (Grêmio)
LateraisDaniel Alves (Barcelona)
Maicon (Inter de Milão)
André Santos (Fenerbahçe)
Adriano (Barcelona)
ZagueirosLúcio (Inter de Milão)
David Luiz (Chelsea)
Luisão (Benfica)
Thiago Silva (Milan)
VolantesRamires (Chelsea)
Lucas Leiva (Liverpool)
Sandro (Tottenham)
MeiasElano (Santos)
Elias (Atlético de Madri)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Jadson (Shakhtar Donetsk)
Lucas (São Paulo)
Apesar de não jogar bem pela seleção há muito tempo, robinho segue intocável. Cortesia: ig.com.br  
AtacantesNeymar (Santos)
Robinho (Milan)
Fred (Fluminense)
Alexandre Pato (Milan)

terça-feira, 17 de maio de 2011

vai começar o Brasileirão 2011

Não há como saudar o início de nosso principal campeonato sem antes citar este malfadado calendário do futebol brasileiro. Ano após ano, as rodadas iniciais são marcadas pelo desequilíbrio forçado pela disputa paralela das partidas decisivas da Copa do Brasil. Clubes envolvidos nas duas disputas (neste ano Vasco, Avaí, Ceará e Coritiba), não conseguem disputar os jogos iniciais do Brasileirão com a mesma atenção com que disputam as decisões em mata-mata da Copa. Se isto é ruim para estas equipes, trata-se ao mesmo tempo de um componente favorável a seus adversários, que terão pela frente uma tarefa não tão árdua como deveriam.

Afora esta mácula, o Brasileirão está prestes a começar.

O Fluminense defenderá seu título, mas não vem sendo apontado como um dos favoritos ao caneco. Aliás, não há grandes times no front. O Santos, que tem o melhor jogador (Neymar) e é o campeão paulista, está às voltas com a Libertadores em suas fases mais disputadas, e deverá perder pontos preciosos. O Flamengo tem Ronaldinho Gaúcho, jogador mais caro do país, e é o campeão carioca, mas seu futebol pálido e sem inspiração não tem assustado os adversários do rubro-negro.

Os dias que antecedem a abertura do certame são permeados por cogitações acerca de contratações, sendo que as mais audaciosas envolvem a volta de jogadores do exterior, valorizados a peso de ouro pelo simples fato de já terem jogado em solo internacional. É um dos nossos hábitos atuais: o veterano que vem de fora chega recebendo um salário milionário, enquanto o jovem promissor é subvalorizado a ponto de aceitar a primeira proposta que venha de um clube qualquer do leste europeu, o que, obviamente, só enfraquece tecnicamente o futebol brasileiro. Criou-se uma distorção salarial incompatível com a produção de cada profissional.

Internamente, o mercado também se agita. Alguns destaques oriundos de equipes do interior podem receber a oportunidade de suas vidas, ao serem chamados pelos grandes da série A – na verdade, este seria apenas um degrau para a realização desses jogadores, qual seja, jogar na Europa.

Mas o torcedor está acostumado a tudo isto. Não há como antecipar favoritismos, candidatos a rebaixamento, ou quem será o destaque da competição. Mas é fácil prever que teremos alterações em datas de jogos, demissões de técnicos já nas primeiras rodadas, reclamações contra arbitragens em todos os jogos, brigas de torcidas organizadas... o esporte nem sempre protagoniza as manchetes. Este é o Brasileirão na sua essência.

Ao mesmo tempo, teremos bons jogos, alternâncias na tabela, jogadores novos se revelando. Temos opções para todos os gostos, num campeonato que vai até dezembro sem ser interrompido nem pela Copa América.

Uma das novidades para 2011 é um novo horário para jogos: sábados às 21h. Na primeira rodada, Santos x Internacional é o jogo que marcará a estreia desta nova faixa de jogos, que vai introduzir o futebol aos sábados à noite, uma opção inédita por essas bandas. Os confrontos inaugurais são os seguintes:

Sáb 21/05/2011 - 18h30 Cláudio Moacyr
FLA x AVA
Sáb 21/05/2011 - 18h30 Presidente Vargas
CEA x VAS
Sáb 21/05/2011 - 18h30 Arena do Jacaré
CAM x CAP
Sáb 21/05/2011 - 21h00 Vila Belmiro
SAN x INT

Dom 22/05/2011 - 16h00 Benedito Teixeira
PAL x BOT
Dom 22/05/2011 - 16h00 Olímpico
GRE x COR
Dom 22/05/2011 - 16h00 Couto Pereira
CFC x ATG
Dom 22/05/2011 - 16h00 Orlando Scarpelli
FIG x CRU
Dom 22/05/2011 - 18h30 São Januário
FLU x SPO
Dom 22/05/2011 - 18h30 Arena do Jacaré
AMG x BAH

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Apagão na Libertadores/expectativa de bom início do Brasileirão


Qualquer um, independente do time que torce, pode dizer que a noite de ontem foi trágica para o futebol brasileiro. A eliminação de quatro times na Libertadores (Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Fluminense) foi surpreendente. Tirando o Grêmio, que já tinha perdido o primeiro jogo, todos os outros times estavam bem, ou relativamente bem, e eram mais ou menos favoritos. Cada caso é um caso, mas, no geral, um apagão aconteceu.

Mas passou! Ânimo! Fica o desejo para que nenhum técnico caia, mesmo porque (tirando o Fluminense, que não tem técnico) nenhum deles foi estritamente responsável pelo o que aconteceu ontem.

Na procura pelo lado bom, cresce a expectativa de um bom início de campeonato brasileiro, com mais times grandes mais aguerridos – fato que não ocorre há anos, e que servirá para salvaguardar o futebol disputado aqui dentro, nos campos do Brasil, até agora melindrado pela baixa qualidade dos campeonatos estaduais.

Related Posts with Thumbnails